Resumo do conteúdo
1 – Genética Predominante
A calvície de padrão masculino, conhecida cientificamente como alopecia androgenética, é amplamente influenciada pela genética. Estudos indicam que a predisposição genética desempenha um papel significativo na manifestação da condição. Em particular, os homens cujos pais ou avós paternos são calvos têm maior probabilidade de desenvolver calvície em comparação com aqueles sem histórico familiar. Este padrão hereditário é atribuído à herança dos genes que controlam a sensibilidade dos folículos capilares ao hormônio di-hidrotestosterona (DHT), um derivado da testosterona que está associado ao afinamento dos fios de cabelo e à redução da sua fase de crescimento.
A genética da calvície não segue um padrão simples e pode ser influenciada por múltiplos genes. Estudos genéticos têm identificado várias regiões no genoma humano associadas à alopecia androgenética, sugerindo uma base genética complexa para a condição. Além disso, fatores ambientais e hormonais também podem interagir com a predisposição genética, influenciando o início e a progressão da calvície ao longo da vida de um indivíduo.
Embora a genética desempenhe um papel crucial na calvície, nem todos os indivíduos com predisposição genética desenvolvem a condição da mesma maneira ou na mesma idade. A expressão fenotípica da calvície pode variar amplamente, desde uma leve rarefação capilar até a perda significativa de cabelo. Isso sugere que, além dos fatores genéticos, outros elementos, como estilo de vida, saúde geral e cuidados com o cabelo, também podem influenciar a manifestação e progressão da calvície em indivíduos geneticamente predispostos.
2 – Padrões de Calvície
Os padrões de calvície, especialmente a alopecia androgenética masculina, seguem geralmente um curso previsível de progressão. Para os homens, o padrão mais comum começa com a rarefação do cabelo nas têmporas e na região frontal, formando uma característica “entrância”. Com o tempo, esse padrão pode evoluir para uma perda de cabelo mais difusa no topo da cabeça, eventualmente levando à calvície completa nessas áreas. Este padrão é conhecido como calvície de padrão masculino e ocorre devido à sensibilidade genética dos folículos capilares ao hormônio DHT.
Mulheres também podem experimentar padrões de calvície, embora de forma menos pronunciada e com uma distribuição mais difusa. A alopecia androgenética feminina geralmente resulta em uma diminuição gradual no volume e densidade do cabelo por toda a cabeça, muitas vezes começando com o afinamento perceptível na parte central do couro cabeludo. Este padrão difuso pode ser desencadeado pelos mesmos mecanismos hormonais que afetam os homens, embora de uma forma menos visível e menos severa.
3 – Causas Médicas
Além das causas genéticas, a calvície também pode ser influenciada por diversas condições médicas e fatores ambientais. Por exemplo, distúrbios da tireoide, como hipotireoidismo ou hipertireoidismo, podem desencadear a perda de cabelo. Esses distúrbios afetam o equilíbrio hormonal no corpo, podendo resultar em afinamento capilar.
Deficiências nutricionais, especialmente de ferro, zinco, vitaminas do complexo B e proteínas, também são fatores que podem contribuir para a queda de cabelo. Uma dieta desequilibrada ou inadequada pode impactar negativamente a saúde do cabelo, tornando-o mais propenso à fragilidade e queda. Além disso, certos medicamentos, como aqueles usados para tratar câncer, artrite, depressão, pressão alta e problemas cardíacos, podem ter efeitos colaterais que incluem a perda de cabelo como um sintoma. Em casos como esses, a interrupção do uso do medicamento ou ajustes na dosagem podem ajudar a minimizar ou reverter a queda de cabelo induzida pelo medicamento.
4 – Idade e Hormônios
A calvície está intimamente ligada às mudanças hormonais que ocorrem ao longo da vida de uma pessoa. Em homens, a alopecia androgenética masculina geralmente começa a se manifestar na idade adulta, quando há um aumento na produção do hormônio masculino testosterona e sua conversão em di-hidrotestosterona (DHT). Este último é especialmente significativo, pois é conhecido por encurtar o ciclo de vida dos folículos capilares, resultando em cabelos mais finos e mais curtos até que eventualmente parem de crescer.
Mulheres também experimentam mudanças hormonais ao longo da vida que podem influenciar a saúde do cabelo. Por exemplo, durante a menopausa, há uma diminuição nos níveis de estrogênio, o que pode desencadear a queda de cabelo ou o afinamento capilar. Além disso, desequilíbrios hormonais relacionados à gravidez ou ao uso de contraceptivos hormonais também podem afetar a saúde do cabelo, embora de maneira menos dramática do que em homens propensos à alopecia androgenética. Essas flutuações hormonais destacam a complexidade da calvície e como fatores hormonais e idade podem desempenhar papéis significativos em sua manifestação e progressão.
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